Amaury Ribeiro Jr. esteve na quinta-feira em Curitiba para o lançamento do seu livro
O jornalista Amaury Ribeiro Júnior, autor do livro "Privataria Tucana", disse, em entrevista para o Portal POP, que "o maior problema do país será a Copa de 2014", pois não trará "benefício nenhum para o Brasil".
"Você acha que um processo de Copa tocado por uma pessoa chamada Ricardo Teixeira, que recebe propina para beneficiar as empresas - e nós provamos em uma matéria que fiz para a Record, isso está no livro – trará benefícios? É lamentável que se tenha que apoiar outras pessoas, como o Ronaldo, para se ter um pouco de credibilidade. Mas a casa do Ricardo Teixeira está caindo também. Conversei com um jornalista suíço que está investigando o caso, disse que vão quebrar as pontas deles, aí vai quebrar e ficará o escândalo, vai ter que se arrumar tudo", declarou na noite de quinta-feira, em Curitiba, onde esteve fazendo o lançamento do seu livro. "Ele sabe que a barra dele está feia e está usando um escudo para tentar se proteger disso aí", completa.
Amaury afirma que, com a Copa, "o Brasil vai se endividar, todos vão roubar e, com as obras milionárias, o setor privado é que vai ganhar". "É o caso da construção do estádio do Corinthians, uma obra feita com dinheiro público, que vai ficar para privado? Que história é aquela? Então não tem lógica, o que vai trazer? O que poderia ter sido investido na saúde e educação?", avalia.
"Vai ser um engodo esse negócio. Cidades como Belo Horizonte, com trânsito caótico, não tem metrô, não tem nada, as obras todas atrasadas, aí vai chegar na última hora vão supervalorizar todas essas obras porque tem que fazer a Copa, não tem o que fazer", lamenta.
Para Amaury, a história se repetirá novamente, como quando montaram as privatizações: "no meu livro estão os fatos, eles montaram essas privatizações para roubar dinheiro, para enriquecer. É a frase que escrevi no livro, pra deixar os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. É um discurso panfletário? Pode até ser, mas os fatos mostram isso", acrescenta.
Por Vinícius Salvino
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